terça-feira, 1 de abril de 2008
Mentira!
No dia da mentira
menti pra mim mesma
que tudo tem um fim
que também marca
um recomeço.
No dia da mentira
sorri sem vontade
brinquei à força
forcei a barra
de uma alegria
que não existia.
No dia da mentira
respirei fundo
e enfrentei o mundo
com uma coragem fingida
e supostamente grande.
No dia da mentira
menti descaradamente
sem a menor culpa
ou sensação de engodo.
Enganei sem corar.
Corri contra o tempo
como quem sabe
para onde vai
e o que pretende achar.
No dia da mentira
calei a voz aos gritos
gritei sem voz, atritos
brilhei sem luz nos ritos
que o costume impôs
aos que crêem nos mitos.
No dia da mentira
rasguei a verdade
sem dó nem piedade
pisei nas farpas nos espinhos
nas lições da idade.
No dia da mentira
menti descaradamente
que o coração não sente
o que o peito encerra.
No dia da mentira
desfiz o acordo
e entendi a verdade.
No dia da mentira
acordei do sonho.
Renasci.
01.04.2008 - 01h33min
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