terça-feira, 1 de abril de 2008

Mentira!

No dia da mentira menti pra mim mesma que tudo tem um fim que também marca um recomeço. No dia da mentira sorri sem vontade brinquei à força forcei a barra de uma alegria que não existia. No dia da mentira respirei fundo e enfrentei o mundo com uma coragem fingida e supostamente grande. No dia da mentira menti descaradamente sem a menor culpa ou sensação de engodo. Enganei sem corar. Corri contra o tempo como quem sabe para onde vai e o que pretende achar. No dia da mentira calei a voz aos gritos gritei sem voz, atritos brilhei sem luz nos ritos que o costume impôs aos que crêem nos mitos. No dia da mentira rasguei a verdade sem dó nem piedade pisei nas farpas nos espinhos nas lições da idade. No dia da mentira menti descaradamente que o coração não sente o que o peito encerra. No dia da mentira desfiz o acordo e entendi a verdade. No dia da mentira acordei do sonho. Renasci. 01.04.2008 - 01h33min

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