quarta-feira, 21 de maio de 2008
É ouro!
As línguas são várias
e os temores, castanhos.
Há que se usufruir da linha
como quem sabe ser essa
a sua última escolha.
A última tragada na fumaça
da vida que se esvai, ligeira.
Os sonhos são castos
econômicos e vastos.
Não são contradições; complementos.
Compreensão é parecida com lamento
quando uma parte pensa que a outra
não merece tamanho tormento.
As linguagens multiplicam
a possibilidade de ação
sobre o objeto móvel
que se atenua na mão
do ourives artista.
Sim, é ouro.
Ouro!
21.05.2008 - 23h59min
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