terça-feira, 13 de maio de 2008

Profecia

Quem pode saber o próximo movimento? Se pode machucar ou acolher, quem dirá? Os cacos da bola de cristal jazem, inertes, no tapete da sala vazia. Olhos mirando um horizonte inescrutável. O silêncio infla o espaço dilatado de pupilas estranhamente azuladas. Quem pode apostar no que não está? Quem abraçaria o escuro sem vestimenta alguma? Que espécie de entrega é essa que não pergunta nem padece do mal da curiosidade ruminantemente secular? As molas impulsionam para cima. Nenhum temor é pertinente diante da irretocável inocência ou da esperada coragem. De quem? 13.05.2008 - 23h13min

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