sexta-feira, 27 de junho de 2008

Psicodélica. Um dedo de prosa... Poética?

Eu ganhei uma taça de fogo do Sol. No vidro da alma, dividi a intenção de sempre. Nas gélidas madrugadas de inverno, corri descalça sobre as cinzas da Lua. Meus erros quebrados escreveram versos de sonhos tranqüilos, de trocas e lutas melodicamente pagãs. Nos paradoxos obtusamente orvalhados cirandearam cicatrizes profundas. O milagre é uma fera enraivecida que engole parafusos de hortelã. E eu danço nua! Na mão esquerda, a castidade florescida. Na direita, um frasco de perfume azul. No tornozelo, discreta corrente, pequena placa: “Bons ventos te tragam”, nela gravada. E um cândido sorriso no movimento todo, a convidar os passantes da vida para um gole quente da taça de fogo; da mesma taça que eu ganhei do Sol... 27.06.2008 – 14h

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