domingo, 1 de junho de 2008

Realidade

A primeira boa impressão não se desfaz em vídeo antigo reafirmada na fragilidade exposta do peito largo que se abre e aposta na partitura do mantra sagrado no violão de Vinícius, no piano de Jobim, na voz de Chico, nas histórias afins, embaladas pelas canções de sempre embrulhadas em vistoso papel de presente como só a saudade é capaz de fazer. Reconhecer os passos já dados nas pegadas dos risos deixados pra trás e sentir-se absurdamente novo diferente, estável e preciso como só o tempo é capaz de mostrar. E encontrar numa curva qualquer a letra-metralhadora-palavra-mulher e saber que o colo existe independente da temperatura ambiente do gelo, do suor, do trabalho, independente do que houve, do que gerou, do que deteve, independente de hoje não haver de ontem já ter sido do amanhã entrecortado de paralelepípedos. Tanto faz! A vontade de estar é voraz. A vontade de acompanhar é voraz. É voraz a vontade de SER. Impressão impressa n'alma protegida por luvas coloridas estampada de beijo com sorvete. *Porque a primeira boa impressão é que fica não adianta tentar me provar o contrário, ok? 01.05.2008 - 01h50min

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