quinta-feira, 19 de junho de 2008

Revolução

Juntaram-se os loucos e os profetas nas praças das cidades sem lei e o que se viu jamais se disse de ninguém: a poesia a dançar de mãos dadas co'a tortuosa faca de dois gumes; a romper com as barreiras e os umbrais que mantinham em pé as estruturas das pessoas de beleza vazia. A poesia, correndo solta nas bocas das malas pesadas, nas cabeças ocas que se soltaram e viveram a folia como nunca dantes fora permitido. A poesia, a bordar e pintar o dito e o não-dito popular. A poesia, a libertar o povo cansado de tanta heresia, de tanto falar. A poesia, a cantar a liberdade, a sorrir e a escutar o verso que, de fato, finalmente, virá... 19.06.2008 - 0h46min

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