Depois do acidente, o orelhão, 
a meio caminho de espatifar-se no chão, 
sugere um pensamento: 
Que comunicação é essa, que estilhaça 
os vidros e não desvia das linhas 
cruzadas entre a razão e a não-razão? 
Que vida é essa, que pouco vale 
e vale pouco menos que um cartão 
que se gasta na primeira ligação? 
Que sonho tão curto, 
que se quebra numa esquina, 
aos pés de Bell? 
Pra que lado fica o céu?
05.04.2008 - 19h13min
(Será que é no lado de dentro?)
2 comentários:
observar um acidente...
é tão estranho, é tão triste.
vidas interrompidas.
e por que razão não resistimos à curiosidade de observar?
tentar captar os últimos instantes? perguntar "como é que é aí, no meio do caminho? nem vida, nem morte... como é que é?
é bom? machuca? é bonito?"
Bell não foi tão longe com suas invenções...
Querida amiga, parece que somos amantes do inverno.Sua filha é linda, suas poesias são maravilhosas. Um beijo martha
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