quarta-feira, 18 de março de 2009

Descrição

Debato-me entre espinhos
e salas de aula marcadas.
Sou sensação de voo
sem o circunflexo acostumado.
Costumeira impressão conhecida
abro os braços à fortuna
de saber-me visada
visitada de ombros eretos
refeita de membros expostos.
Minhas pernas são cansaço.
Ato meus braços ao teu destino
e calo.
Sou dormência e desalento
na calada da noite que te aguarda.
Meia noite
noite inteira
um quarto de hora
sem ponteiros ou discos
nas pontas dos minutos
que não passam
ou passeiam pelos meus olhos
feito cordões de calçadas vazias.
Acalento o desejo de seguir os calores
que sobem das pedras.
Vulcões.
E teu riso é canção afinada
que eu gosto de ouvir.
Não?
Uma negativa fecha-te as frases
e as fases das luas distintas
agarram as quedas quadradas
que eu teimo em insistir...
Orgulho da mensagem.
Mensageiro de um prisma.
Prisioneiro relutante de uma altura.
Não?
18.03.2009 - 0h

Um comentário:

Ricardo Kersting disse...

Quando mais perguntas, menos respostas, mais dúvidas de sim e não.Haverá um tempo em que não se precisará esperar...Não?
Quem sabe?

Bjs..