sexta-feira, 13 de março de 2009

Gagueira

Toda poesia tem um fio de sangue escorrido Toda poesia tem um fio de cabelo vermelho Toda poesia tem um fio de vida pulsante Toda poesia tem um fio de um filho errante Toda poesia tem um fio e outro fio e outro fio e outro fio fiados trancafiados às pressas pelas presas dos tapetes persas que não fazem parte da história mas que ortograficamente são perfeitos. Aqui, toda poesia é contada em letras e se esvai pelas calçadas estreitas que gargalham satisfeitas de nada de nada de nada de nada de toda poesia safada que esfrega na cara a rima feita EITA! E o tempo escorre no ralo do esgoto de rugas que espreitam a pele exposta ao sol o sol o sol o sol o sol. Gaguejo o filme da minha vida.... E não conheço o final... Mistério mistério mistério mistério rio.... 13.03.2009 - 22h13min

Um comentário:

Ricardo Kersting disse...

Simone, toda a tua poesia me prende e me liberta ao mesmo tempo, é algo de que não consigo mais ficar longe.. Toda poesia, tanta alegria me contagia eu sinto como um carinho, quero que seja um carinho, um afago de tua mão que escreve e quem sabe um dia também me acaricía ..
beijo guria..