terça-feira, 24 de março de 2009
Sequência
Paralelas à minha
outras vidas existem
em que pesam as consequências
das escolhas dos meus atos.
As circunstâncias que me afligem
atingem as feridas dos que me cercam.
Evito sambas de uma nota só
e adoeço de esperança
pra compôr meus passos
sobre a ponte de pedras irregulares
que me separa do controle parcial.
Os panos rotos de que fiz as paredes
têm franjas e extensos rasgos de redes
de cores verdes difusas
e atrapalhados balanços rentes.
Olha!
A sombrinha aberta voa ao vento
feito folha no outono da brisa recente.
Quebram-se as varetas do jogo
que sequer comecei a pensar.
Sem querer, cumpro as correntes
dos entes ensimesmados
que eu não pude arrecadar.
Os dias são vagos.
Os vagões lotados de festejos
enganam a torcida faminta
e a partida é só o começo
de mais uma outra longa subida.
Assovio.
Com os pés descalços
pressiono o assoalho frio.
As portas todas têm chaves
e elas me espiam.
Expiro.
Decido?
24.03.2009 - 09h17min
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Um comentário:
Lindo poema...Maravilhoso.
Beijo
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