quarta-feira, 29 de abril de 2009

E se...

E se todos os restos se juntarem aos trapos dos pretensos absurdos que julguei necessários? E se todas as rezas forem realmente inúteis e os teus risos ficarem mudos de colírios e sonoras obviedades? E se todas as missas calarem os vasos vazios dos baús descascados escorridos escadas abaixo perto dos sonhos empoleirados que a gente não se atreveu a mentir? E se todos os pulsos entrelaçarem as mãos e as ervas brotarem dos musgos confessos improvisos frasais gravados nas linhas fantasmas das apagadas luzes míopes? E se todas as manhãs forem tuas e os bocejos e as lampejos e os desejos circundarem as estradas abertas diante dos pés descalços que apalpam as telhas dos sonhos qu'inda estão por vir? E se não houver mais nenhum motivo para as partículas e as películas forem castanhamente azuis e os pensamentos forem sutis e os cumprimentos forem reais? E se eu, de uma hora pra outra, materializar teus traços e TI alcançar... Haverá espaço pra interrogar? Aos 4 segundos do último dia de abril de 2009

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