segunda-feira, 11 de maio de 2009

De tempos em tempos

Cadê o resto? I Bar deserto sono chegando poeira no ar poeira de falta de ausência sentida de inexistente publicação ou quem sabe pois não? Ei, vejo um vulto na calçada será o poeta quieto? será uma libélula irriquieta? será um será qualquer que eu não sei definir mas que também não importa se souber discernir entre um prato de sopa e uma sopa de orvalho ou de ervilhas ou de letrinhas nas linhas desse caderno amassado que hoje debaixo do braço trago. II Trago um gole da vida que empoeira os olhos e mareja os lábios entre o cumprimento e a despedida. O bar deserto desperta o desespero e a esperança é só uma palavra que dança entre os lençóis de seda ou de cetim ou de algodão mesmo já que não faz diferença quando o que se quer é só poetar ou cambalear entre os dedos d'algum cientista louco disfarçado de professor de educação física que tem coragem de encarar o mundo de frente de verso de um único poema assumido e que valeu uma vida - a minha vida - nas palmas das mãos escritas. Espelho. 11.05.2009 - 21h

Um comentário:

Ricardo Kersting disse...

Há um poeta que vive entre a espera e a busca. É incansável nessa luta, mas não voa. Seus olhos buscam a luz dentro de uma escuridão espontânea. Nada vê, tudo sente e mente que é feliz.