quinta-feira, 21 de maio de 2009

Exagerada

O exagero é meu pai meu irmão, meu camarada. O exagero é minha canção meu amante, minha estrada. O exagero é meu companheiro meu azulejo, meu raio de sol. O exagero é minha água no deserto meu cubo de gelo, meu farol. O exagero são minhas mãos dadas aos pássaros insones que cantam canções sem soar. O exagero é meu arrepio na espinha meu passo decisivo, minha proteção. O exagero é meu grito e meu sussurro e meu alívio. O exagero é meu superlativo e meu diminutivo e meu equilíbrio e meu segredo e meu rebento e meu lamento e minha solidão. O exagero é meu avental e meu jantar e meu carnaval e meu príncipe sem princesa e minha princesa-irmã solteira. O exagero é meu sossego e meu tormento e meu pulso que pulsa que pulsa que pulsa que expulsa a calmaria e pulsa.... 21.05.2009 - 20h30min ...só pra eu ficar aqui, delirante, delirando liricamente sobre meu próprio exagero demente...

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