Frios
os versos fervem
nas palmas das mãos sangrentas
gotejam amenidades
pingos de ironia
dores absurdas
de longos períodos estéreis
homeopáticas doses de esperança
insuficientes cordas
abstratas demais
de frouxos e cegos Nós.
Cético
o pulso descompassa a fé certeira
e a seleção já não é a mesma.
Ausentes
as estrofes dispersam
conotações errôneas.
A saudade não cabe
porque não existe.
O sufoco não sabe
o por quê de ser triste.
Larga
a vida se esvai
nas vielas imundas
de rítmicos dias vazios.
É sempre uma questão de tempo?
10.01.2010 - 4h13min
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