quinta-feira, 25 de março de 2010

Crime

Roubo sem arma a tua essência
assalto teu álbum
apodero-me das imagens expostas
na galeria dos teus ídolos.
Dali
Picasso
Sally.
Teus pedaços.
Tua voz de outro sotaque.
Teus assuntos, teus instantes.
Teus cacos quebrados, teus brilhantes.
Roubo tudo.
Assumo o veio, a vela, o breu
o azul da tua noite terna.
Somo meu verso ao teu
peito-promessa. Acredito.
Terno crime bendito.
Tomo pra mim teus efeitos
tuas guitarras
tuas letras
tuas fundações
teus trilhos
teus trens.
Todos meus.
Não devolvo, nem de direito.
Moram em mim, agora.

Crime seria não te querer...



25.03.2010 - 1h50min

Tu és maior do que eu pensei
e eu pensei que fosses bem grande
errei feio
não dá pra te medir...

2 comentários:

Ricardo Kersting disse...

Simone sua criminosa. Tens o direito de ficar calada e escrever tudo o que quiseres, mas aviso que tudo que escreveres poderá e será usado em teu favor.

Que bobagem né? Lindo poema
de novo..
Beijos.

Blue Knight disse...

Não é roubo nem jamais será, tomares aquilo que é teu desde sempre. Desde antes de mim. Desde antes de sempre.