À noite, rasgam-se as dores
e todas as gargalhadas soam guturais
somam-se às milhares de cicatrizes
outras fundas
feridas
feridas
desiguais.
À noite os já difíceis derretem
e o pulso, no peito,
p
á
r
a.
Silêncio.
Os fantasmas rondam os restos
do imaginário sonhado
velado
no chão estendido.
Lágrimas secam estrelas
apagam as luzes
recolhem as flores
murcham as horas arrastadas.
A mornidão é a mortalha
vestida de novo
como se fora
armadura
pela primeira vez.
vestida de novo
como se fora
armadura
pela primeira vez.
Sombras lançam mão
do lança-chamas
às chamas lançado
chamuscado de estrias.
Nem cinzas
que o vento sopre
nem pétalas
que o tempo apague.
Crer
é arriscar-se à própria sorte
é entregar-se à morte
e morte de cruz.
Subitamente
me mate!
09.04.2010 - 2h10min
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