sábado, 17 de abril de 2010

Vil

Conhecer é prova de fogo
tanto para quem sabe
quanto para quem se deixa saber.
Nenhum momento mais crítico
quanto aquele em que nos desnudamos de fato
e todos os nossos mistérios expomos.
Arriscamos deveras
e comumente esperamos
a catástrofe provocada
pelas nossas inconfessáveis culpas.
No entanto, de que vale amar superficialmente?
Quantos peitos há no mundo
transbordantes de segredos
obrigados a mentir e mentir e mentir
ao longo de toda uma existência
com medo de ser quem são?

Amo teus pecados e tuas culpas
os passos mal dados
a embriaguez dos teus erros
a tua inexatidão.
Não por concordar
com o que eu mesma jamais faria
mas porque são tuas
essas estradas tortas
essas vielas escuras
essas vilezas todas.

Tuas
em ti.
Nossas.







17.04.2010 - 15h

Um comentário:

Roger disse...

Eu não sou tudo isso, mas posso providenciar, se isso me garantir a sua atenção.