terça-feira, 18 de maio de 2010

Anuário

Este ano todos os sonhos possíveis
na dobra das mangas do tempo
um sorriso de elástico e um pedacinho de céu.
Este ano todos os encantos passíveis
de consolação e acalanto
um sentido de plástico e um tantinho de mel.
Este ano todas as alianças críveis
na falange d'ouro e no azul da íris
um sentimento comum e um dedinho de criança.


18.05.2010 - 20h19min

Um comentário:

Regina disse...

Você não muda muito seus assuntos. São eles: seu amor, você mesma, sua filha e, de vez em quando, algum assunto em voga. Muito raramente você fala sobre alguma coisa que não se possa entender onde você quer chegar. São as coisas comuns a todos nós que você expõe em sua poesia. E é bom de ler, porque fica fácil se identificar com as mesmas dúvidas e angústias que você sente.
Por isso é tão bom vir aqui. Nos sentimos em casa. Você externa o interior de todos nós. Só que de um jeito mais bonito do que conseguiríamos, mesmo que tentássemos com afinco.
Ler você é descansar a alma.