Apimento o prato da vida
não quero passar por ela
molhada só de açúcar e café.
Quero a umidade desmedida
o frio do fio da navalha
na ponta da minha língua
o feixe de nervos expostos
na planta do prazo pendurado
na porta do quarto à meia luz.
Insone
vagueio meus olhos cansados
pelos espinhos das horas
exaustas de pele e delírio
corroidas de panos crus.
Cerro as janelas e encerro as penas
aponto e qualifico o desafio
apronto os lençóis e os perfumes
afronto os costumes.
Ensandeço.
21.05.2010 - 01h49min
Um comentário:
Só uma palavra: FOGO!
Saudações poéticas
Postar um comentário