domingo, 13 de junho de 2010

Criação

Perco a palavra.


Construo sentenças involuntárias.

Avanço um passo parado enquanto

A erudição me proíbe

De andar descalça

Entre as vírgulas impressas

Nas culpas da arte duvidosa que produzo.

Estabeleço parâmetros

E os rituais marcam as conclusões precipitadas

Nos pactos permanentes.

Assumo as estradas

Pelas quais embalo meus impossíveis sonhos.

Nas minhas pretensas criações
 
Permaneço.
 
 
 
 
 
13.06.2010 - 03h13min

2 comentários:

Luciano disse...

Seus escritos me fazem viajar por lugares muito diferentes dos convencionais. Se é essa a sua intenção, parabéns. Você atinge seu objetivo em cada postagem.
Outra coisa: quando penso ter entendido seu caminho, você faz uma reviravolta repentina e me pega de surpresa.
Acompanhando seu blog, e seus escritos anteriores a ele, ainda não consegui desvendar você. E, creia, ao contrário de me assustar, só contribui pra que eu fique cada vez mais curioso sobre o que vai nessa sua mente poética.

Saudações poéticas.


Luciano

Marcello disse...

Sim, você permanece. A despeito de tudo. Você permanece. Em mim.



Seu permanente admirador.



Abraços


Cello