terça-feira, 15 de junho de 2010

Ilusionismo

Se calas
consinto.
Conceituo meus limites
nos argumentos do espaço-tempo
aos quais estou presa
por absurda necessidade do destino.
Se consinto
escalas
as paredes das horas
e os confortos dos alinhamentos
nas quadradas janelas
que dão pra lugar nenhum.
Se falas
desminto
as rebuscadas patrulhas traduzidas
em frases dispersas
misteriosas salas d'alma
onde escondo meus rumores
e os humores obtusos.
Se amas
sinto
os traiçoeiros ramos
de venenos intactos
e detalhados sentidos
de edições moderadas
e desacertadas precauções mil.
Se danças
pinto
o quadro de movimento intenso
nas traduzidas contrações
de blusas e cintos e somas.
Ilusões.







Na primeira meia hora do dia 15.06.2010

2 comentários:

Marcello disse...

Impossível calar, perto de você. O que pode acontecer é ficar-se boquiaberto diante de tudo o que você é e do quanto representa. Aí o silêncio seria compreensível.

Quanto às ilusões, você mesma diz que elas são importantes na sua vida. E são. As miragens alegram você. Que importa se, ao aproximar-se, se desvanecerem? Você foi feliz. E sei que guarda seus momentos de felicidade com toda doçura que cabe em você.

Você não existe, veja só! Você própria é uma miragem, uma suave ilusão, que eu, em especial, levarei comigo até que se apague a luz dos meus olhos.


Não deixe de dizer aqui o que os seus "seguidores" anseiam por ler.


Beijos.


Cello

Teletubbie disse...

Que porre, meu!