terça-feira, 22 de junho de 2010

Rasgo


A sorte
na folha
 voa.

Seca,
a garganta recusa
um gole de palavra.

Brusca,
a busca treme.

Pálida semelhança.






Aos 8 segundos do dia 22.06.2010

2 comentários:

Marcello disse...

Esse, talvez, um dos seus mais densos poemas. Tem muita força, mas uma força diferente das que você já externou em outras ocasiões. Não saberia lhe explicar como, nem o quanto esse poema me atinge.


Beijos


Cello

Luciano disse...

Novamente concordo com o Marcello. Gostaria de destacar especialmente os versos: "Seca, a garganta recusa um gole de palavra". Belíssima construção. Talvez uma das mais belas, de toda a sua obra.



Saudações poéticas.



Luciano