Um gaúcho entra na delegacia de polícia em Uruguaiana e dirige-se ao delegado:
-Vim me entregar, cometi um crime e desde então não consigo viver em paz.
- Tchê, disse o delegado, as leis aqui são brabas barbaridade e são cumpridas e se o tu és mesmo culpado não terá apelação nem dor de consciência que te livre da cadeia, mas fala...
- Atropelei um argentino na estrada BR-472, perto de Itaqui.
- Ora xirú, como tu podes te culpar se estes argentinos atravessam as ruas e as estradas a todo tempo?
- Mas o vivente estava no acostamento.
- Se estava no acostamento é porque queria atravessar, se não fosses tu seria outro qualquer.
- Mas não tive nem a hombridade de avisar a família daquele cüera, sou um porqueira!
- Bueno, se tu tivesses avisado haveria manifestação, repudio popular, passeata, repressão, pancadaria e morreria muito mais gente, acho que tu és um pacifista, mereces uma estátua.
- Mas senhor delegado, eu enterrei o coitado do homem ali mesmo, na beira da estrada.
- Tá provado, tu és um grande humanista... enterrar um argentino... és um benfeitor, outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus e outros animais, provavelmente até hienas.
- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava : 'Estoy vivo, estoy vivo!'
- Garanto que era mentira dele, esses argentinos mentem muito!!!!
*Li no orkut. Quase morri de rir...hehe...
Sim, eu sei que não é poesia. E daí?
2 comentários:
Tudo o que vem de vocÊ é poesia !
E além de ser humanista, o cara deu um enterro ao castelhano calavera? É um santo, merece um altar...Este texto é dum lirismo puro.
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