terça-feira, 20 de julho de 2010

rascunho um outro dia
adentro portas impensadas
invento miraculosas poções
que encantariam qualquer idiota
rio de mim mesma
e dessa minha facilidade
de sofrer
arranco os papéis da parede
onde jazem escritos
os horários passados
soo dois passos à frente
ando cinco pra trás
rumino intenções de tamancos
e publico um sem número de opiniões
sou devassa
e de grão em grão
mostro as entranhas
nada bonitas de se ver
apalpo as terras revoltas
sem cadáver algum pra chorar
abduzido
danço nos véus escuros
de um entrincheirado comentário
perdido entre meus dedos
de poeta iniciante
revolvo as águas e as linhas
dos anzóis lançados
pelas vielas de asfalto
construo uma ponte
que não escalo
escolho talos de pimenta
comprimo os cumprimentos
executo uma réstia
de sal
no prato vazio
da breve vida
que em mim restava

3 comentários:

Marcello disse...

Eu sei que vc fez de propósito, mas devo corrigir assim mesmo, até pq essa é outra mentira sua. A vida que AINDA RESTA em vc é longa, minha cara, muito longa. O passado não cabe aí.


Bjs


Cello

Fulvio Ribeiro disse...

Olá...
Muito bom seu blog
Gostei muito
Parabéns
Grande Abraço.

Nefasto Curvatório disse...

Não acho uma coisa feia guria, o que tem dentro de ti pode ser estranho e excentrico, mas é curioso...rs...como sempre boa. E quantas coisas você nos mostra que podemos construir desta maneira heim.