segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Arcus tensus saepius rompitur*

Traço metas bem definidas
em estapafúrdias prateleiras vazias.
Zombo do obstáculo
que se considera concluso.
Ao invés de sete, pinto meios fios ondulantes
que negam minha Matemática
já tão nula.
Os óculos vencidos atrasam as letras
e os problemas pingam intermitentes
na ponta da língua:
velhas fotografias, impedidas de se fazer.
Mergulho de cabeça no basalto
e nao quebro nada além da pedra
ela mesma, que pratica o desapego.
Deliberadamente construo o muro
tijolo a tijolo, sem medo,
cimentado com vontade dura
inquebrável
intransponível.


Alguns abismos exigem a incondicional ausência de pontes...






24.11.01 - 15h05min
*Corda puxada se quebra

Um comentário:

Unknown disse...

Aplausos!!! realmente amiga, alguns abismos exigem a incondicional ausência de pontes... Lindo! Beijo grande Presidenta!