Bailarina de perna quebrada
sem orquestra sinfônica
sem arco doirado
ou sapatilha de ponta
que faça deslizar
- pena cheia de tinta -
na folha do palco, vazia.
Desligados os ouvidos
dos rumores da terra.
A Terra não gira; balança
ziguezagueia
nas pupilas da vida.
Faltam palavras que dançam
já que o universo desertou da luta.
Rolam cabeças de porongo
e os contos escolhidos
encantonados,
se rompem.
Na folha do palco
no meio da carta vazia
o lago do cisne passeia
p
a
r
a
l
i
s
a
n
t
e
.
.
.
24.01.11 - 15h25min
Um comentário:
Esse é bem triste, mas tanta coisa triste é tão bonita.
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