segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Dançarina

Bailarina de perna quebrada
sem orquestra sinfônica
sem arco doirado
ou sapatilha de ponta
que faça deslizar
- pena cheia de tinta -
na folha do palco, vazia.

Desligados os ouvidos
dos rumores da terra.

A Terra não gira; balança
ziguezagueia
nas pupilas da vida.

Faltam palavras que dançam
já que o  universo desertou da luta.

Rolam cabeças de porongo
e os contos escolhidos
encantonados,
se rompem.






Na folha do palco
no meio da carta vazia
o lago do cisne passeia
p
a
r
a
l
i
s
a
n
t
e
.
.
.















24.01.11 - 15h25min


Um comentário:

Anônimo disse...

Esse é bem triste, mas tanta coisa triste é tão bonita.