segunda-feira, 27 de junho de 2011

Doença

Eu sofro dessas dores crônicas
a que remédio algum dá jeito.
Dessas que os médicos dizem ser nada
mas que te torcem, mesmo assim,
do lado avesso.
Pois são essas dores que me perseguem
e riem do meu sofrimento.
Elas vem aos bandos, as covardes,
e, traiçoeiras, atacam num repente,
sem direito a resposta
nem aviso que me prepare.
Atormentam-me as carnes
os ossos e as conjunções e conjunturas
se conjunturas em mim houvesse.
Não  perdoam fim de semana, dia útil ou  inverno
inventam a hora que querem
impedem o curso do momento
bem no momento chegado.
Não querem saber se estou sozinha
ou se ando acompanhada
se ainda não termina o dia
ou se é alta madrugada.
Chegam com força e em bando
as desgraçadas.
Elas, as minhas dores de nada...




27.06.2011 - 14h34min

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