quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sal da terra




Se o povo perde a língua
na lâmina fria
da espada do rei
inda lhe sobram os gestos
e tudo que escrito se lê.
Os escravos
um dia se revoltam
pois que eles também votam
e seus olhos sabem ver
a mentira estampada
no papel que nega a chibatada
e nega a forma da lei
que reza a expressão livre
na boca
no livro
na opinião manifesta
de que nesta terra sem sal
tudo acaba em pizza
paga com cheque viciado
UPAda em maca fantasma
esburacada na via principal
das promessas quebradas
que o trono
pretende obrigar a esquecer.
O próprio tronco
onde os falantes são erguidos
GRITA
os abusos dos governantes.



(E se eu, peixe pequeno, morro pela boca,
o ditador, pela urna será deposto).




Nenhum comentário: