Adianto os ponteiros do dia.
A vida amanhece lenta.
Sons anteriores à luz
nublam o silêncio.
A dor é quente
o amor ardente
a saga assente de termos
que expliquem a rima óbvia e
a cor azul.
Presa à bainha das horas
a língua atrai formas
que distraem horizontes e soluções.
Os comparativos não cabem no exíguo espaço
que define o
quase nada.
Tudo é inexato na tela branca
que descortina energias outras
e arreganha os dentes do amanhã.
Não sei se passo ou
invento pedaços de sonhos
nas pontas do sono:
estopim de verão.
Às 11h30min do dia 20.10.2014
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