segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Apologético
Entre estrofes,
clarins, oboés, pífaros,
centelhas de bons presságios,
distância de clichês
baratos, batidos, cansados,
verbos bastardos provocam motins
nas costumeiras rimas,
propõem vocábulos nefelíbatos
e espalham perfume de sândalo
nas linhas, nas curvas, nos pingos dos is.
No meio do laranjal,
um pequeno príncipe passeia
a colher o fruto ilibado,
intento de apego e calor.
Sápido poema lido
no vigor da juventude morena,
do afeto bem-vindo e raro
de um raro sabor.
São sonhos
são sons
são dias claros
a nos cobrir.
Canção de chegada.
Desejo de parir.
17.12.2007 - 16h04min
(Ao pequeno príncipe, jovem poeta moreno,
meu bocado de poesia...)
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Um comentário:
Simone, não vim visitar seu blog não; eu vim foi 'morar' nele.... rs. Tem jeito? Sua escrita é o melhor dos meus respiros. bj e luz!
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