domingo, 23 de dezembro de 2007

Improviso

E dei pra poetar nas horas mais imprevistas nas mais improváveis nas mais imprecisas. Dei pra fazer versos debaixo do chuveiro, no almoço, no banheiro, no ônibus, no meio do caminho onde não tinha uma pedra mas tinha um papel pra eu rabiscar um verso e brincar de ser Drummond. E dei pra poetar no meio de uma conversa vadia fazendo uma simples gargalhada virar a mais doce poesia. E toda essa tal poesia invadiu as horas as noites os tropeços. Toda poesia arredou as cadeiras do sossego e trouxe rimas e sonetos e amores vários. Toda poesia se fez pó fez-se bela tocou dó fez sinfonia na letra da sopa no prato fundo do meio do meu dia. Transformou-se em canção oração avião que voou e foi pousar lá nos teus laranjais... 23.12.2007 - 02h28min (... velo o sono de um pequeno príncipe, que dorme tranqüilo, debaixo dos laranjais...)

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