terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Improviso

Exercito meus bordados pelos fios entrelaçados das palavras jogadas ao vento forçado que arrancou da brisa o seu lugar... Exercito meus dedos na virgem folha desnuda de notas frias ou doloridas de frutas secas descabidas de sonhos azuis e bordéis. Exercito a escrita, improviso, meto a cara, exorcizo os fantasmas as danadas das taras que trago comigo. Exercito mente sã e corpo doente mente demente em corpo vazio de sementes que não ficarão pra amanhã. Não há amanhã sem respostas. Não há construção sem proposta. Não há improviso que mente. Mas também Não há exercício inválido nem poema esquálido ou trabalho escravo na escrita livre ou na escrita que gravo. Há, sim, o beijo do vampiro o desejo do menino a beleza do verbo o sentimento no prelo. Há, sim, vontade de dizer vontade de ser lido vontade de, enfim, E S C R E V E R... 29.01.2008 - 01h05min

2 comentários:

Anônimo disse...

Tu te revelas uma diva da Letra. Sim, Letra com "L" maiúsculo. Te revelas não um joguete da casualidade, mas sim uma potência contida num dínamo que a tudo impulsiona. Tens uma fonte inexaurível que se expande a cada pincelada tua. Um simples toque teu, na folha em branco, revela tua sensibilidade, tua audácia em te mostrar de forma ampla, irrestrita, sem limites, sem amarras...simplesmente o desejo de criar. Mesmo que seja para contar das vicissitudes, confusões e incertezas que fazem parte de quem está vivo. Sucesso, sempre!

Anônimo disse...

Creio que a vida precisa de imaginação para não perder seu brilho, seu rítmo...e isto não te tem faltado...Sucesso, sempre!