quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Ser
Eu sou uma palavra curta
engasgada na garganta do poeta.
O verso jamais escrito
a língua desconhecida
a nunca descoberta tradução perfeita.
Eu sou acervo e saudade
semelhança e rouquidão
medo e verdade duvidosa
dolorosa ilha cercada de verbos
por todos os entes...
Meus lados são abraços impacientes
são estreitos botões lilases
de rosas vermelhas recém-chegadas
das profundezas dos claros ocasos.
Hoje sou o que não fui antes
e o que não serei mais depois.
Morro essa noite.
Amanheço disposta.
Eu sou!
21.01.2008 - 17h13min
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