sábado, 9 de fevereiro de 2008

Shhhhh

Encaixo palavras, umas às outras. Nenhuma alcança o sentido. Nenhum encaixe parece perfeito. Concentro a experiência do selo na língua materna, impeço a coerência, desfaço a coesão. De que me vale o texto completo se sou confessamente paralela, avessa ao que me vem pronto, querendo construir aos poucos o que pretendo ter de base? Examino as possibilidades todas. Nada me parece difuso agora. Nada me parece impossível. Tudo difícil. O passo escolhido já dado. Tapete estendido vermelho. E o primeiro passo dado. A escolha consciente dentro da mala. A ternura quente dentro do peito. E a palavra... A palavra.... O último encaixe... Me foge... E eu não sei o que dizer... 10.02.2008 - 0h59min

Nenhum comentário: