Decididamente
estamos sós...
rodeados de estranhos,
somos ilhas...
serpenteando entre nós,
nosso sangue...
sós...
eu...
tu...
nós...
isolados entre saldos
negativos de verbos
silenciados de outros...
sós...
o poder que sobe à cabeça
o saber que desce aos pés
o sonhar que morre no dia
a morte que ronda o prato
da ceia do domingo de Páscoa.
sós...
eu...
tu...
nós...
que não estamos juntos
embora pareçamos unidos...
nós...
miseráveis
embora tenhamos nascido juntos...
nós...
que crescemos sem lei
embora pareçamos retos...
sós...
nas mãos dos manipuladores profissionais
sós...
Um dia desatamos os nós a sós
como sempre estivemos...
sós...
18.03.2008 - 23h31min
Nenhum comentário:
Postar um comentário