quinta-feira, 10 de abril de 2008

Certas linhas... linhas incertas...

Não gosto de linhas retas; elas não me atraem, não me alimentam, não me prendem, não me exercitam, não me interessam, em absoluto. Linhas retas não oferecem surpresas. Nem podem. Não há sobressaltos se transitas por estradas retas. Tudo está ali. Nas curvas, o não-saber é constante. A descoberta é permanente. O susto, o imprevisto, o desconhecido é lei. Não gosto de regras prontas ou de posturas vazias repetidas aos milhares, inquestionáveis. Questiono meus questionamentos. Reformulo meus caminhos. Pinto de outras cores meu arco-íris particular: tempo, espaço, presente, futuro, se amanheço ou se acabei de nascer, se espero ou adormeço, se morro, estremeço ou desisto de dizer. Se acendo essa luz agora não é por não ter outra opção ou por repetir teus passos deixados aqui mesmo. Não. Se acendo essa luz agora é por acreditar que preciso de um tantinho de iluminação pra ver se termino esse pensamento que, longe de ser linear, é cortina balançada ao vento, arrancada da janela aberta solta, livre, pra ver, crescer e voar... 10.04.2008 - 23h46min

Um comentário:

Nathalia disse...

Retas. Gosto delas.
As curvas não me permitem ver o horizonte, enquanto caminho.
As retas sim.