segunda-feira, 21 de abril de 2008

Procura

A procura é uma das minhas inquietudes estou sempre à procura. Procuro por ele, procuro por mim, procuro por nada, procuro o sim. Busco aqui, acolá, mais adiante, e dou de cara sempre com um gigante que se chama vida, a me olhar, impaciente. Ai, ai, ai, que moça mais impertinente, que não sossega nunca, que anda sempre pra frente. É assim que passo meus dias. São assim minhas insones escurescências. Essência de rosas no incenso queimando no meu quarto. Não espero. Nego os braços cruzados. Se páro, é só pra renovar as forças. Movimento é meu lema. Movimento a minha vida. O gigante que me abraça e cura qualquer ferida. Na rua, acendo os olhos. Na tela, acendo as luzes. No espelho, acendo a alma. Vou em frente, que atrás vem gente. E nunca se sabe até onde se pode inventar uma nova doçura. É o que eu quero: a alquimia do dia-a-dia. A invenção de um novo amor pulsante. 21.04.2008 - 16h13min

2 comentários:

Nathalia disse...

Os braços aqui, como aí, estão sempre abertos.
Ao novo.
Mas não procuro.
Escolho.

As tintas estão todas na estante. Escolho as que quero e pinto a tela.

Fabiana disse...

Eu procuro também por tudo, porém as vezes o que ninguem espera ou lá no fundo já esperava nos surpreende e ai algo que não procuramos que não queremos bate a nossa porta nos fazendo sofrer.