terça-feira, 27 de maio de 2008
Messes
Ninguém me ensinou
a aparar as arestas
das frestas por onde
esse vento frio me invade.
Ninguém cercou o terreno baldio
nem sequer a sobriedade
que me falta na hora exata
em que pressinto teu riso solto
na veia do medo que tenho
de me concentrar em ti.
E tu, impassível na tua mocidade,
te divertes, indo embora de repente
como quem não tem mais nada pra dizer.
E tu, impossível na tua capacidade
de fazer surpresas e de provocar desempates
voltas sempre, com mil coisas pra eu perceber.
E lá se vão os meses, semeadores de messes
e de amparos nas madrugadas férteis.
Não importam as horas excedentes.
Somemos os brilhos e os assuntos desconjuntos.
É assim que eu prefiro.
27.05.2008 - 23h22min
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