sexta-feira, 13 de junho de 2008

Falsidade

Qual é o sorriso que mais te agrada? Espera, deixa eu ver se tenho aqui. Ah, sim, é este, o aberto, que até parece sincero? Sim, é este mesmo que tenho pra te oferecer, hoje, aqui. Não? Queres que eu chore contigo as tuas agruras, os teus delírios, as dores que não pediste? Sim, tenho lágrimas aparentemente sinceras, aqui. E posso até te oferecer um lenço perfumado, bordado com as iniciais de alguém que nem conheço mas que leva o meu nome. É de um abraço que precisas? Tenho de todos os tipos cores, formas e pressões. Nem será necessário fazer força, nem será necessário esperar, nem será necessário questionar. Terei abraços, sorrisos, palavras de consolo, juras de amor eterno se for o caso. É só pedir. Trago tudo aqui... 13.06.2008 - 14h50min

Um comentário:

®efeneto disse...

Afundei-me no por do sol
quando o disco vermelho
se enterrou no horizonte.
Mergulhei com ele a lua não me viu chorar.
Meu corpo petrificou-se
e uma funesta janela se abriu
no majestoso pulsar da terra.
Quando os teares do vento se acalmaram
e a luz da alma voltou
esfreguei os olhos e renasci diferente.

Encontrei finalmente a voz,
as palavras que me faltavam
e comigo carreguei as quatro estações.

A saudade é filha do mundo
que agora viaja cansada
nos tempos dentro de mim.
Sempre que chegar sem avisar
e quiser ocultar-me a luz
vou pisá-la de pés nus.


Desta maneira me penitencio pela ausência mas fica a promessa de um regresso em breve. Até lá e porque a amizade não tem ausência desejo um óptimo fim-de-semana na companhia de quem mais desejar.