sábado, 14 de junho de 2008
Não cantarei
Eu não quero mais cantar o amor
amor não é pra ser cantado
sequer vivido; amor é noite escura,
é pra ser dormido.
Eu não quero mais cantar a paixão
paixão é pra ficar quieta, muda, perdida
num canto qualquer de solidão.
Eu não quero mais cantar o riso
riso é soluço que de repente escapa da gente
e não tem mais como controlar.
E falta de controle é um perigo!
Vai que a gente não encontra
o caminho de volta
e não volta nunca mais?
Ah, não. Eu não quero mais cantar
o amor
a paixão
o riso.
Eu quero cantar...
(... mas, sem eles, o que sobra pra cantar?)
14.06.2008 - 21h48min
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Um comentário:
Como é difícil definir os rumos do amor. As vezes nos comportamos como se não fôssemos real, pensamos tudo controlar, como se nada mais importasse; achamos que somos o que pensávamos que era, ou fomos em realidade?
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