sábado, 19 de julho de 2008
Caleidoscópio
Extensa sensação de dormência.
Muito próxima da anestesia.
Muito próxima da inexatidão.
Ou seria da exatidão completa?
Da absurda clareza de visão
quanto ao que me cerca?
Ou da absoluta cegueira...
Eu sei o que parece.
E sei o que de fato é.
O feto do pensamento.
O encorajamento fatal.
O fraternal encaminhamento.
O sexo frágil.
A fuga. Enfermidade.
Fogueira vazia de fogo
transbordante de queimação.
O erro ronda o riso
e é preciso mais do que atenção.
A história repete o homem
os homens se repetem
nenhum aparece com a resposta
entre as mãos.
São solitárias as esquinas
quebradas na rotina diária
de andar sempre pra frente
sem nenhum sobressalto
sem nenhuma urgência
sem lamento e sem perdão.
Permanecem vazias
as mãos....
19.07.2008 - 0h19min