Há poemas nascendo das mãos do gênio. 
Silêncio... 
Não pouse uma mosca sequer 
no fim desse mês de conquistas. 
Um artista pressente a primavera, 
presente de frutas e flores 
e cantigas de ninar os dissabores 
e fazer nascer outros, talvez maiores. 
Quem se importa? 
A poesia, de qualquer forma, 
de um jeito ou de outro, 
pelo sim ou pelo não, 
com dor ou prazer, 
brota. 
E se o broto sangra deveras, 
e se o feto vem preso ao cordão da vida, 
que te baste o avermelhado 
que escorre folha abaixo. 
Vermelho-vivo-de-vida-pulsante-no-tronco-do-artista-que-vai-adiante-vaia-a-avenida-deserta-empresta-o-sal-da-testa-pra-adocicar-o-dia-exausto-de-luz-da-luz-da-tua-poesia... 
20.08.2008 - 14h16min
*Comentário para o poema GRACEJOS AGOSTOS, do admirável Glauco César II
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