quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A gosto*

Há poemas nascendo das mãos do gênio.
Silêncio...
Não pouse uma mosca sequer
no fim desse mês de conquistas.
Um artista pressente a primavera,
presente de frutas e flores
e cantigas de ninar os dissabores
e fazer nascer outros, talvez maiores.
Quem se importa?
A poesia, de qualquer forma,
de um jeito ou de outro,
pelo sim ou pelo não,
com dor ou prazer,
brota.
E se o broto sangra deveras,
e se o feto vem preso ao cordão da vida,
que te baste o avermelhado
que escorre folha abaixo.
Vermelho-vivo-de-vida-pulsante-no-tronco-do-artista-que-vai-adiante-vaia-a-avenida-deserta-empresta-o-sal-da-testa-pra-adocicar-o-dia-exausto-de-luz-da-luz-da-tua-poesia...
20.08.2008 - 14h16min
*Comentário para o poema GRACEJOS AGOSTOS, do admirável Glauco César II

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