sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Mas, afinal...

Mas o que é o tempo? Maldição, talvez. Bênção, perdição, qualquer coisa que leve um til sobre um A; qualquer coisa que rime com 'não'? Quem terá as respostas que insistem em ser perguntas e, sobrepostas, são escadas que não levam a lugar nenhum? Mas o que é o vento? Não admito a comodidade do ar em movimento, como se a carícia em meus cabelos não passasse de um capricho da natureza, dos deuses, das minhas fantasias. Mas o que é o que sinto? Exagero de um dia, talvez de um minuto, quiçá de uma vida inteira, mas sempre exagero, sempre superlativa essa cadência cá dentro do peito. Mas o que é o futuro? Mas o que é o presente? Mas o que é a falta? Essa falta que me consome a alma e atormenta a mente? Mas o que é esse excesso? Essa necessidade de explodir em brilhantes cores desiguais? Mas o que é o porém que impede-me o adiante e castra a partida já preparada antes? Mas o que é essa asa quebrada sem gesso sem estrada sem esteio sem mais nada além dela mesma pela metade? Mas o que é a palavra insuficiente caminho por onde enveredo meus desaforos. Por onde desafogo minhas mágoas disfarçadas de versos e poesia leve? Mas o que há de novo, afinal? Mas o que há para se recompor, afinal? Mas o que há dentro do sol, afinal? Mas qual será o final? Mas há final? Finada... Aos 47min do dia 05/09/2008

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