segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Tranca
Um passo depois do outro
uma arrastada pegada na terra molhada
de lágrimas e ventos significantes.
Um rastro depois do outro
um toco de cigarro amassado no meio
de um caminho que jamais percorri
da fumaça que jamais traguei
do delírio de onde jamais saí.
Um posto rente ao chão
o pasto gasto de tantos círculos desenhados
pelo andar da carruagem
que, longe de ser de princesa,
é de sombria indignação.
Um dia depois do outro
uma noite depois da outra
um tijolo sobre o outro
e eis edificada a cura.
Basta que a porta se abra
basta que a mão se estenda
basta que se encontre a chave.
A chave
a chave
a chave
a chave
a chave
a chave...
A chave ainda agüenta...
Aos dois segundos do dia 07.10.2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Caríssima, assim é a vida, um passo depois do outro, de escolhas, de atos, ás vezes na penumbra, às vezes na claridade, às vezes na espera, às vezes em movimento. São ciclos, eles vão e vêm como a própria vida...
Postar um comentário