sábado, 14 de março de 2009
Ignorância
Não sei o que me resiste
nem sequer se existe essa tal
in-com-pa-ti-bi-li-da-de de gênios
desculpa tola pra fugir
de uma verdade que assusta.
Não sei o que me treme
nem o que me tira do prumo
arrumo explicações mútuas
e te libero do trabalho
de assuntos futuros.
Não sei o que me entorta
nem sequer se importa
a palavra não-dita
se pressinto o estorvo
que estou na tua vida.
Não sei o que me cerca
nem sequer o que em cheio acerta
o que aceito dessa minha medida vazia.
Não sei o que me abarca
nem sei como se embarca
na viagem sem volta
que ainda farei um dia.
Ignoro.
14.03.2009 - 15h30min
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Um comentário:
Esse verso lindo se bem que misterioso como o poema inteiro, mas de todos é o mais significativo para mim.."Não sei o me entorta, nem sequer se importa, a palavra não-dita, se pressinto o estorvo que estou na tua vida." É difícil saber o quanto alguém pode se sentir estorvo, mas não há ninguém melhor para julgar isso do que a outra pessoa. Acho que nunca poderemos saber muito sobre isso. Pessoalmente eu penso que estou sendo um estorvo, muitas vezes..Mas não agora..
Beijos
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