terça-feira, 31 de março de 2009

Quando tu vens...

Quando tu vens, todos as sombras se dissipam todos os medos emaranham-se em abstratos rolos irreais todos os segredos são castanhos todos os muros são transpostos e nada interfere em nada nem nos umbrais das portas fechadas nem nas distâncias materiais ou nas impossibilidades físicas talvez inexatas talvez oníricas talvez banais. Quando tu vens, tremem dos meus cabelos os cachos e todos os sábados e todos os domingos e todos os feriados são teus olhos, são teu brilho, são teu riso solto que ecoa nos ninhos que eu queria pra nós. Quando tu vens, nenhum soluço permanece e o próprio silêncio já é prece ou insistente desejo de que a vida assim de repente pare ou passe sem pressa de va gar como merece tudo o que realmente vale na minha vida ou na tua ou quem sabe na vida dela que tu sabes que se enternece só de ouvir falar em TI. Quando tu vens... 30.03.2009 - 22h44min Foto: datada de 30.03.2009 -EU

4 comentários:

Ricardo Kersting disse...

Um poema lindo, para esta manhã não tão onírica assim, cheia de tosse e pulsar da gripe..Meus olhos buscam o mapa na vã intenção de encontrar uma bela mulher saindo pra o seu trabalho.. Como as cidades crescem, elas envolvem as pessoas e soltam os seus animais. Agora de repente estou perdido num passado-presente, nessa mesma cidade em que procuro alguém que não vi. Quando tu vens? As coisas mudarão de lugar, o mundo ficará menor e a vida passará de va gar..E quando TI chegar...
Beijo

Judô e Poesia disse...

Lindo poema de amor, de saudade, de falta e completude. Um mundo para sempre imperfeito, que só é pleno quando amamos. Adorei, Domingos, Minas Gerais.

Judô e Poesia disse...

Passei por aqui rapidinho, em busca de novidades, e vou te dizer apenas que é muito bom ver uma linda mulher do lado de forado livro de poesias.

Gitano Andaluz disse...

Encantador! Pergunto-me como pude ficar tanto tempo sem ler-te? Saudações Poéticas