segunda-feira, 27 de abril de 2009

Volta II

Voltar. A gente sempre volta. Nietzsche e sua teoria do eterno retorno. Eu volto. Demoro, mas volto. Volto a pisar os mesmos calos. Volto a sorver o mesmo cálice. Volto a sentir os mesmos suores. Volto a bendizer os mesmos benditos versos que fiz outrora. E volto. Volto de onde nunca saí apenas ausentei meus dedos ou minhas esperanças ou até meus humores. Mas volto. Porque foi aqui no grão de um poema qualquer que me perdi... 27.04.2009 - 17h55min

3 comentários:

Ricardo Kersting disse...

Um amigo, que não é filósofo me disse algumas vezes "a vida é um eterno voltar". Acho engraçado isso, não por ser uma bobagem, mas é engraçado na medida que as pessoas de um modo geral(entre elas eu) dão uma importância exagerada à volta. Mas por que será que a volta tem que ser tão difícil, tão traumática e tão envolvente.. Lembro que a volta muitas vezes é o único caminho..Coisas que fazemos quando não temos para onde ir...voltamos.
Bjs..

Simone Toda Poesia disse...

Hummmm... não sei se entendi direito, Ricardo. Se entendi, não concordo com teu pensamento. Não acho que as voltas sejam traumáticas ou difíceis. Pelo contrário. As minhas, ao menos, são alegres suspiros de alívios. Saber que tenho pra onde voltar, e que vou ser bem recebida, seja lá quanto tempo eu tiver estado fora ou longe, me dá uma sensação de segurança muito grande. É muito bom saber que, EMBORA SE TENHA PRA ONDE IR, se possa ESCOLHER voltar. Bjs, meu querido amigo.

Ricardo Kersting disse...

Hummm!! Então me enganaste direitinho!! ou não entendi o relato das tuas voltas. Te digo com segurança que as minhas voltas quando acontecem, são precedidas de um intenso conflito. Me enganei contigo, mas acertei de mim..
Bjs.