sábado, 4 de julho de 2009

Confissões

Confesso que as confissões me assustam.
Tremo toda.
De frio.
Aqui faz muito frio,
nesse torrão onde nasci.
Confesso que as ilusões me assustam.
E ando atrás delas feito borboleta, da luz.
Confesso que as impressões me pressionam.
Temo todas.
O tino me foge.
E aqui faz frio.
Sempre frio,
nesse torrão onde nasci.
Confesso que as confusões me assuntam.
Espreitam meus pontos e meus peitos.
Estreitam minhas idéias,
já tão limitadas de aniz.
Confesso que as canções me amansam.
Mergulho nas letras profundas
e a imersão é minha luz.
Confesso que as paranóias me cansam.
Inclusive a de me saber paranóica
e me verter sangues quentes
das veias azuis.
Confesso que os limites me custam.
E a folha, a técnica, a letra, o assovio,
são breves espaços da vida que me seduz.
Confesso....
Confesso....
(Sofri...)
Aos 54min do dia 04.07.2009
Enquanto minha filha penteia-me os cabelos
(doce traço de normalidade...)

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