quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Agulha no palheiro
As dobras aparecem na fé da esmola
escondidas nas bainhas dos olhares disfarçados
sem a noite ou sem a sombra intermediária
que supre os cantos das soleiras das portas.
Mangas arregaçadas no frio de inverno
intentam as cotas de orvalho que me dividem
em quinze sobreviventes de outras eras.
As heras crescem na loucura vã dos princípios
que ninguém escolheu sem imposição macabra.
Pastos secos acumulam olfatos de estrelada natureza.
Esvaem-se as linhas de orgulho no meio das serragens.
As ferragens retorcem os brincos de prata
perdidos no rasgo do riso vermelho
apagado de sopetão da tela fria.
Alecrim.
20.08.2009 - 23h39min
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Finalmente, te reencontrei...graças ao recado do SONICO !
Que bom te ler novamente !
beijão
James Pizarro
Não me queres dizer onde mora o teu sorriso
Ausente do incontido abraço
Ausente das palavras felizes
Envolto em nuvem escura no espaço
Não me queres dizer o rumo
Que leva ao teu terno coração
Não me queres abrir as portas
Da cor vibrante da paixão?
Bom fim de semana
Doce beijo
Postar um comentário