quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ambiente

O livro abandonado na gaveta denuncia a paralisia coletiva. Nenhuma discussão que encabece a noite. Nenhuma prenda que encerre a briga. Nenhuma confissão tardia. O coro entoa um não-sei-que desconhecido e a lua não dança nem ilumina parada na sua inconstância na madrugada escura e fria. Ao canto da parede, jaz o porta-retratos vazio. O silêncio embrulha o espaço ao redor e a escuridão é coberta de mendigo proteção contra inquisidores olhares que não buscam respostas abundam recriminações. Confome o combinado o dia nasce lento. A vida segue lenta tartaruga aleijada arrastante de cascos enfileirados num caminho vacilante numa trilha sem brilho ou gargalhadas. Névoa. Tentação de equilíbrios. Os mesmos que se renderam há anos e da mesma forma se cobriram de espantos e dizeres malditos. Tudo ferve. Pedra sobre pedra é coisa do passado. Tudo explode e se contradiz. O breve instante de ver.... 20.08.2009 - 14h08min

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